Lucas - Rumo à China

RUMO À CHINA

Lucas tem o acompanhamento da neuropediatra Ana Elisa, de Campinas. Foi ela quem sugeriu a alternativa do transplante de células-tronco.
Células-tronco são células primitivas, produzidas durante o desenvolvimento do organismo e que dão origem a outros tipos de células. Neide diz que o filho pode ter até 80% de recuperação.
Enquanto os tratamentos com células-tronco são feitos apenas em grandes centros de pesquisa e com muita burocracia no Brasil, a família de Lucas afirma que não pode esperar mais e seguirá para a China. “A neuropediatra já entrou em contato com a equipe médica do hospital, que fica em uma cidade próxima a Pequim”.
Para a família do garoto, o maior milagre será vê-lo brincar e sorrir de novo. Para isso, há necessidade da contribuição da população com doações em dinheiro. Para os R$ 150 mil foram computados os custos para o transplante, alimentação e hospedagem.

À época, Lucas estava bem e só foi parar na Santa Casa porque um carro passou sobre sua perna, que teve fratura exposta. De acordo com a mãe Neide Babolin, as únicas explicações do anestesista S.E.N. é que o garoto tomou a anestesia para encaixar o osso e, enquanto era iniciado o procedimento por um ortopedista, teve parada cardiorrespiratória e entrou em estado de coma. “Ficamos sabendo que o monitor que controla os batimentos estava com interferência e, talvez por isso, não teriam percebido que nosso filho teve complicações. Pelo que sabemos, provavelmente faltou oxigênio no cérebro. Parece que o anestesista não estava na sala, no momento”.
Após muita polêmica, a família conseguiu que Lucas tivesse alta hospitalar porque não havia mais o que fazer. Ele chegou ficar por 15 dias em coma total e, quando acordou, não tinha mais nenhum movimento. Desde então, o garoto apresentou algumas melhoras. “Ele chega a ter algumas expressões, como chorar, quando, às vezes, comentamos com alguém o que aconteceu. Ele também sorri, ao contrário do que médicos da Santa Casa me disseram, que ele estava caminhando para uma morte cerebral”.
A família de Lucas já fez várias campanhas para auxiliar no pagamento de equipamentos, remédios, fraldas e profissionais, como enfermeira, fonoaudiólogo e fisioterapeuta. O custo com os profissionais chega a R$ 3 mil por mês. Quando acabam as reservas financeiras, Neide diz que não vê outra alternativa a não ser interromper a fisioterapia ou a fonoaudiologia.
Neide e o marido Luis Renato Babolim perderam o emprego. Hoje, Babolim trabalha de motoboy e ganha R$ 800 mensais. A mãe trabalhou na Câmara Municipal, no ano passado, com a então vereadora Lú Bogo (PR), mas, como esta não foi reeleita, perdeu o emprego. “Até pedi ajuda a alguns vereadores, mas não fui atendida”.
O casal depende da colaboração de muita gente, que colabora com frequência com os altos custos dos tratamentos. Enquanto isso, o processo que moveram contra a Santa Casa e o médico que teria sido negligente segue em andamento na Justiça, ainda sem decisão em primeira instância.

Fonte: Gazeta de Limeira

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1 comentário:

  1. Cris!

    Estamos juntas nesta Luta.

    Fico feliz em ver que com a união se pode seguir JUNTOS PELA VIDA e é maravilhoso quando encontramos pessoas, assim como você, que fazem a difereça com atos de amor.

    Beijos

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Fico muito feliz em receber seu recadinho, mesmo que seja um "Olá", viu? Fique a vontade! Deus te abençoe!
Beijinhos da Cris