1. Quais as formas de contágio do vírus da gripe A? A forma de contágio da gripe A é idêntica à da gripe sazonal. Na comunidade, podemos contrair a doença quando a nossa boca, nariz ou os olhos ficam expostos a gotículas respiratórias de doentes infectados com o vírus da gripe. Esta exposição pode ser por via directa quando estamos a menos de 1 metro de distância de um doente que expele gotículas quando fala, tosse ou espirra, sendo necessário, geralmente, mais de uma hora de exposição, excepto quando o doente infectado espirra ou tosse directamente para cima de nós. A exposição também pode ser por via indirecta através das mãos, quando as levamos à boca, nariz ou olhos após contacto com superfícies ou objectos onde se depositaram gotículas infectadas.
2. Quais são os tratamentos para a gripe A? No tratamento da gripe A são utilizados fármacos para alívio dos sintomas, por exemplo, antipiréticos para baixar a febre, e nalgumas situações de acordo com a gravidade e as características do doente podem utilizar-se fármacos dirigidos contra o vírus da gripe, dos quais o mais utilizado é o oseltamivir, de nome comercial Tamiflu®. Se ocorrerem complicações, das quais a mais frequente é a pneumonia, o tratamento pode incluir outros fármacos de acordo com a necessidade.
3. A gripe A é mais perigosa do que a sazonal? Actualmente não é possível estabelecer uma comparação definitiva entre a gripe A e a gripe sazonal. A fase inicial da pandemia ainda não permite a caracterização completa das suas variáveis epidemiológicas e da gravidade. De igual modo, a incidência e a gravidade da gripe sazonal não são iguais todos os anos. Contudo, a inexistência de uma imunidade de grupo contra a estirpe pandémica, ao contrário do que existe para a gripe sazonal, permite prever uma taxa de incidência duas a três maior da gripe pandémica o que significa que, mesmo mantendo as características de benignidade, o impacto em termos absolutos será muito superior ao da gripe sazonal.
4. Se uma pessoa que está infectada mas ainda sem sintomas pode transmitir o vírus a outra pessoa? Pode, embora o risco de transmissão não seja idêntico em todo o período de contágio. Uma pessoa infectada pode transmitir o vírus um dia antes e até 7 dias após o início dos sintomas. O período de maior risco de contágio corresponde à fase sintomática, sobretudo quando existe febre.
5. Posso ser portadora do vírus sem sintomas? Pode durante o período de incubação, que é o tempo que decorre entre o momento em que uma pessoa é infectada e o aparecimento dos primeiros sintomas. Este período pode variar entre 1 a 7 dias, mas tem uma duração média de cerca de 3 dias.
6. Continua a ser indicado tomar a vacina contra a gripe sazonal, como se faz todos os anos, ou esta vacina poderá ter alguma influência e provocar algo pior caso se apanhe a gripe A? A vacina da gripe sazonal deve continuar a ser utilizada de acordo com as indicações dos anos anteriores. Não confere protecção nem tem qualquer outra influência na gripe A.
7. O Tamiflu evita que o vírus se manifeste e se transmita? Porque é que não se dá a toda a população este medicamento a título preventivo? A utilização profiláctica do oseltamivir previne a gripe em 70 a 90% dos casos, só é eficaz durante o período de administração, não permite a aquisição de imunidade, tem efeitos secundários, sobretudo náuseas, e a sua utilização em grandes quantidades potencia exponencialmente o desenvolvimento de resistências. De acordo com os registos anteriores, as pandemias têm duas a três ondas pandémicas com uma duração média de cada onda entre 8 a 12 semanas. Se utilizássemos o oseltamivir em quimioprofilaxia diária nos 10 milhões de portugueses gastávamos toda a nossa reserva estratégica ao terceiro dia e tínhamos que assegurar para cada dia extra um milhão de embalagens, caso esta quantidade estivesse disponível, além da logística complicadíssima de distribuição. No melhor dos cenários, no final da primeira onda pandémica tínhamos gasto uma parte significativa do Orçamento do Estado em Tamiflu®, não tínhamos prevenido a 100% a gripe na comunidade, muitas pessoas tinham interrompido a medicação devido aos efeitos secundários e devíamos ser o país com a maior taxa de resistência ao oseltamivir. Estávamos pior do que quando tínhamos começado e seria imprescindível comprar vacinas para toda a população para enfrentar as ondas pandémicas subsequentes.
8. Já existe vacina testada e comprovada contra a gripe A? No momento actual não existe nenhuma vacina que tenha terminado os teste de segurança e eficácia contra a gripe A. Na melhor das hipóteses, não é provável que estes testes preliminares e sem envolvimento de crianças e grávidas estejam concluídos antes de Setembro ou Outubro.
9. Como será aplicado o processo de vacinação da população em Portugal? Ainda não foi divulgado pelo Ministério da Saúde o processo de administração da vacina pandémica no nosso país.
10. Q uem trabalha no atendimento público e manuseia dinheiro, usa computadores, livros, jornais, DVD e CD partilhados, deve usar luvas? Não está recomendada a utilização de luvas. Estes profissionais devem lavar as mãos com mais frequência, sobretudo antes de mexerem na boca, nariz ou olhos. Deveriam ter os mesmos cuidados com as mãos mesmo se utilizassem luvas.
11. Como nos devemos organizar em nossas casas se um dos nós contrair gripe A? O doente que é tratado no domicílio deve cumprir todas as recomendações que lhe são transmitidas pelos serviços de saúde. Os coabitantes deverão estar particularmente atentos ao aparecimento de sintomas e, em algumas circunstâncias, poderão ter que fazer quimioprofilaxia, mas só com indicação médica. O doente deverá permanecer em casa até 7 dias após o início dos sintomas ou mais tempo se a febre persistir e manter-se o mais afastado possível dos outros coabitantes, sobretudo se estes pertencerem aos grupos de risco, em particular, crianças com menos de 5 anos, grávidas e doentes crónicos. Idealmente deverá ficar num quarto separado, se possível com casa de banho, mantendo a porta do quarto fechada e sem visitas. O doente deve cumprir sempre as medidas de higiene e etiqueta respiratória e se necessitar de deslocar-se a zonas comuns ou contactar a menos de 1 metro com outras pessoas é aconselhável a utilização de uma máscara. Se possível, só um adulto saudável deverá tomar conta do doente e deverá lavar sempre as mãos após contactar com o doente ou com os seus objectos. As roupas e a louça dos doentes não necessitam de ser lavadas separadamente. As zonas comuns devem manter-se arejadas.
12. E pela comida servida em cafés e restaurantes, o vírus pode ser transmitido? O vírus da gripe A não se transmite pelos alimentos preparados e confeccionados de acordo com as normas habituais de higiene e segurança alimentar.
13. Uma pessoa que apanhe gripe A e se cura fica definitivamente imune ao vírus? Os doentes infectados com a gripe A adquirem imunidade natural e duradoura contra esta estirpe do vírus influenza. Se ocorreram mutações ou outras modificações na estirpe da gripe A, a imunidade pode perder eficácia.
14. Ser-se hoje infectado com a gripe A pode proteger-nos melhor de eventuais estirpes mais mortais? A infecção pela gripe A confere imunidade natural apenas contra a estirpe causadora da doença. Esta imunidade embora possa dar algum grau de protecção cruzada contra outras estirpes semelhantes à estirpe pandémica, não é eficaz contra a generalidade das estirpes do vírus influenza.
15. Qu em tem asma pertence aos grupos de risco? Há pessoas que não podem tomar vacinas porque são alérgicas a os seus componentes. Os asmáticos podem tomar Tamiflu? Os asmáticos pertencem aos grupos de risco, o que significa que podem ter formas mais graves de doença e maior necessidade de hospitalização. O oseltamivir pode e têm sido administrado aos asmáticos. As contra-indicações da vacina da gripe são muito raras e consistem na alergia a algum dos componentes da vacina ou às proteínas dos ovos, em virtude da maioria das vacinas serem produzidas através de ovos embrionados de galinhas.
16. Fui submetida a uma mastectomia e estou a fazer quimioterapia. Terei direito à vacina? E se tiver gripe A terei que ter precauções adicionais? Os doentes submetidos a quimioterapia pertencem aos grupos de risco da gripe sazonal e pandémica. Têm indicação para fazer as duas vacinas. Em caso de infecção pela gripe A têm maior risco de complicações e de formas graves da doença, pelo que têm indicação para fazer terapêutica com oseltamivir e necessitam de maior vigilância. Os doentes devem cumprir as instruções recebidas e estar atentos ao aparecimento de sinais de gravidade, tais como, falta de ar, febre alta mantida e alterações do estado de consciência.
17. Os professores farão parte da população que vai ser vacinada ou seja, são um grupo de risco? A profissão de professor não é considerada factor de risco. Os professores para serem vacinados têm que apresentar uma das seguintes condições: — Doenças crónicas pulmonares (incluindo asma), cardiovasculares (excepto hipertensão arterial isolada), renais, hepáticas, hematológicas (incluindo a drepanocitose), neurológicas, neuromusculares ou metabólicas (incluindo a diabetes mellitus);
— Obesidade mórbida (IMC>40);
— Imunossupressão, incluindo a induzida por medicamentos ou infecção por VIH;
— Gravidez.
18. Quais as profissões de maior risco de contágio? As profissões de maior risco de contágio são as que estão mais expostas aos doentes infectados com gripe A. Os profissionais de saúde envolvidos na prestação de cuidados aos doentes infectados são os grupos profissionais de maior risco pelo que têm indicações específicas para a utilização de equipamentos de protecção individual.
19. O que acontece se o vírus H1N1 se cruzar com o vírus da gripe sazonal? Essa situação poderá ocorrer no próximo Outono e Inverno, uma vez que as duas estirpes virais poderão, simultaneamente, estar em circulação. Nessa altura, existirão pessoas infectadas pelo vírus da gripe A(H1N1) e outras pelo vírus da gripe sazonal, levando a um maior aumento do número de doenças respiratórias e, consequentemente, maior número de consultas, hospitalizações e absentismo (escolar e laboral). Daí a importância de todas as pessoas que têm indicação clínica (pertencentes aos grupos de risco), efectuarem a vacinação da gripe sazonal, a partir de Setembro.
20. Como posso distinguir a gripe A da gripe sazonal? Quais são os sintomas que a distinguem? Os sintomas de gripe A são sobreponíveis, no essencial, aos da gripe sazonal. Febre elevada, tosse, nariz a pingar (rinorreia), dor de garganta (odinofagia), dores musculares (mialgias), dores nos ossos e articulações (artralgias), dor de cabeça (cefaleias), fadiga. Nalguns casos também se verificou a presença de sintoma gastro-intestinais, como diarreia e vómitos.
21. Durante quanto tempo é que o vírus sobrevive no ar? Como já foi referido, o vírus transmite-se de pessoa para pessoa através de gotículas, libertadas quando uma pessoa fala, tosse ou espirra. Os contactos mais próximos (a menos de 1 metro) com uma pessoa infectada representam, por isso, uma situação de risco. O contágio também pode ocorrer indirectamente, através do contacto com gotículas ou outras secreções do nariz e da garganta infectadas pelo vírus, presentes em qualquer superfície ou objecto com a qual contactemos, nomeadamente superfícies de utilização comum (maçanetas das portas, por exemplo). Vários estudos têm apontado que o vírus pode permanecer nessas superfícies entre 2-8h.
22. É possível curar a gripe A sem ir ao hospital, isto é, ficando em casa e comprando remédios na farmácia? É. Não só é possível como essa será, provavelmente, a forma como a maioria das pessoas irá ser tratada: em casa, devidamente medicada, depois de observada e aconselhada pelos serviços de saúde. Se tiver necessidade de efectuar tratamento com antivirais, estes ser-lhe-ão distribuídos, gratuitamente, através das estruturas do SNS ou, eventualmente, por alguma outra estrutura, por delegação do SNS.
23. Que medidas estão a ser tomadas para garantir que grupos de risco tenham acesso garantido a antivirais quando necessário? O Estado português procedeu, em devido tempo, à reserva e armazenamento do número de doses de antivirais, suficiente para permitir o tratamento e profilaxia de todos os que tenham indicação médica para o efectuar.
24. O uso de máscara protege efectiv amente o próprio ou só impede o contágio dos outros? E que tipo de máscara é aconselhável? O uso de máscara cirúrgica protege o próprio, com elevado nível de segurança, tal como a sua utilização, por parte de quem está infectado, também o impede de transmitir esta infecção a outros. Como foi dito anteriormente, o tipo de máscara preconizado para a população, é a máscara cirúrgica, estando reservado apenas aos profissionais de saúde, em circunstâncias especiais, a utilização de outros tipos de máscara. Esta utilização deve ser sempre complementada pelas outras medidas de higiene que têm vindo a ser referidas.
25. Que especiais cuidados devem ter as grávidas? As grávidas têm constituído, no decurso desta infecção, um grupo com um risco acrescido para o desenvolvimento de complicações e hospitalização. Por isso, para além das recomendações preconizados pelos respectivos médicos assistentes para cada situação particular, as grávidas devem ter particular atenção a todas as recomendações de protecção pessoal face a esta infecção (por exemplo: medidas de higiene e lavagem correcta das mãos, afastamento em relação a pessoas doentes) e a maior prudência (mesmo limitação) na deslocação a locais onde, potencialmente, o risco de contrair o vírus da gripe é maior.
26. O que fazer com as malas no aeroporto, manuseadas por muitas mãos? Será possível exterminar os vírus existentes nas malas com anticépticos ou terei que deixar as malas no carro durante 8 a 10 horas? Embora a hipótese seja remota, os cuidados que se preconizam são apenas os cuidados de higiene recomendados para esta infecção, nomeadamente, a lavagem correcta das mãos após o contacto com essa bagagem. E não leve as mãos à boca, aos olhos ou ao nariz sem ter procedido anteriormente a essa lavagem.
27. Os elevadores não serão postos de transmissão muito poderosos por falta de arejamento? O que fazer? Habitualmente, a transmissão do vírus requer que a pessoa infectada esteja a menos de 1 metro durante um período de tempo superior a uma hora. Portanto, se estivermos num elevador com alguém que apresente sintomas de doença respiratória (tosse, espirros, nariz a pingar) e não estiver protegido, procure proteger-se aumentando a distância em relação a essa pessoa (ofereça-lhe um lenço descartável) e apanhe outro elevador na primeira paragem. Já agora, e se o andar para que se dirige permitir uma ida pelas escadas, aproveite e vá a pé. Sempre faz exercício.
28. A gripe A transmite-se aos gatos domésticos? Não. Até hoje, não foi demonstrada a possibilidade de transmissão da gripe A aos animais de estimação habituais.
29. Na cozinha, se arrumarmos a loiça com as mãos não lavadas, as pessoas que irão usar essa loiça poderão contrair gripe A? A hipótese colocada é muito remota. Para se verificar teria que existir uma conjugação de factores, altamente improvável: a pessoa que arruma a loiça estar infectada e não praticar medidas de protecção e a pessoa que vai usar esses objectos também não utilizar medidas de protecção, podendo introduzir o vírus no seu organismo (olhos, boca, nariz), através das mãos que contactaram com a referida loiça. Assim, mais uma vez, para reduzir este risco é importante, que quem está infectado e quem se quer proteger adopte as medidas de higiene preconizadas, nomeadamente a lavagem correcta das mãos.
30. Os grupos de risco devem em Setembro/Outubro tomar a vacina contra a gripe sazonal? E não haverá problema se tomarem dep ois a vacina contra a gripe A, quando estiver disponível? Sim, todas as pessoas que integram grupos de risco têm indicação para procederem à vacinação em relação à gripe sazonal. Não há qualquer problema ou limitação para, caso integrem grupos que venham a ser considerados como prioritários para vacinação em relação à gripe A(H1N1), também serem vacinados, de acordo com as indicações entretanto emanadas pelas autoridades de saúde.
31. Como se distingue a gripe A de uma constipação normal num bebé? Li que os sintomas nos bebés podem não ser óbvios. É verdade que, nas crianças, os sintomas podem não ser tão óbvios nem de fácil identificação. Nesse caso, perante uma criança com febre e sintomas respiratórios ou gastro-intestinais (os quais podem ocorrer com maior frequência que no adulto) ou a presença de prostração, sonolência, irritabilidade ou recusa alimentar, deve proceder ao seu aconselhamento através da Linha de Saúde 24, para posterior orientação.
32. Pode haver contágio nas piscinas? Como? Pode, tal como em qualquer outro local. Se já leu outras respostas utilize a resposta 24. E pode estar mais descansado, porque que o vírus não se transmite através da água da piscina.
33. Se não há razão para alarme, porquê tantas reuniões e decisões da OMS? Porque, na verdade, estamos perante uma infecção nova, com distribuição mundial e cujas características e evolução ainda não conhecemos em toda a sua extensão. Neste contexto, a melhor forma de evitarmos uma situação de alarme é conseguirmos, em permanência, avaliar a situação e transmitirmos a informação disponível para, rapidamente, tomarmos as medidas mais adequadas ao conhecimento técnico e científico existente, em cada instante. O papel centralizador de toda essa informação e das medidas a adoptar encontra-se, acertadamente, na OMS e nas estruturas nacionais de saúde.
34. Em caso de viagem para países com muitos casos, é aconselhável levar Tamiflu? O que fazer? Uma vez que, a nível mundial, não existem restrições à livre circulação, a decisão de viajar para um país que apresenta muitos casos de gripe A é uma decisão individual, a qual deve ser baseada em critérios de necessidade dessa viagem e no estado de saúde do viajante. De qualquer forma, uma vez tomada essa decisão, não está indicado levar Oseltamivir (Tamiflu?). Tal como em qualquer outra situação, a auto-medicação é desaconselhada. Em caso de sintomas, o viajante deve recorrer às instituições locais de saúde, para confirmação ou não do diagnóstico e instituição do tratamento adequado a essa situação.
35. O que fazer com os computadores nas escolas usados por muitas crianças?
Veja as respostas na fonte abaixo.
Fonte: Público.PT
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oi amiga obrigada elo selinho já estou postando viu beijokas xau linda sexta pra ti com carinho e sua nova salinha estar linda....
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ResponderEliminarOi Cris,esse caso está triste mesmo hein?Mas sabemos que é cumprimento da palavra,Jesus está as portas,e os sinais estão aí,oremos pra que a humanidade,enxergue isso,um abraço,ótimo post!!!
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